O possível realinhamento salarial, discutido pelo comando geral com algumas associações de militares, onde a maior associação de praças ASSFAPOM, ficou de fora está causando grande polêmica no ceio da tropa. Segundo o Alto escalão da Polícia Militar, os soldados e cabos estão sendo bem pagos pelo governo, o que para o presidente da ASSFAPOM, Jesuino Boabaid, é um absurdo.
“Todas as greves e movimentos paredistas na PM e BM de Rondônia, sempre foram feitas por soldados e cabos, em sua maioria, esses sempre conquistaram aumento isonômico para todos, sendo até prejudicados com transferências e perseguições. O maior exemplo sou eu, que era soldado há 10 anos e fui expulso por lutar por aumento para classe junto com demais companheiros.” Desabafou Jesuino Boabaid.
Segundo Boabaid, o aumento deverá ser satisfatórios para todos os militares, independente de patente. “Não estamos participando de reuniões com o comando geral, por estratégia política do próprio comandante, porque sabem que nossa associação é séria e que não vai aceitar acordos fajutos, por isso nem fomos convidados”. Ressaltou o presidente da ASSFAPOM.
Jesuino Boabaid, que agora recebe apoio do presidente da Ale-RO, Hermínio Coelho, está fortalecido dentro da Assembleia legislativa para que não ocorra um aumento que não contempla toda categoria, policial e bombeiro militar. Para Hermínio Coelho, qualquer projeto que adentrar à casa de leis, para aprovação dos deputados, será discutido com a entidade ASSFAPOM, a qual está constantemente lutando pelos direitos dos militares.
“Aqui na Assembleia, estamos trabalhando em harmonia, já aprovamos muitos projetos que não vem sendo respeitado pelo executivo, como por exemplo, a Anistia aos Militares, e esse projeto de realinhamento salarial será discutido com a tropa, representada pela maior entidade deste fim, ou seja, a ASSFAPOM”. Afirmou Hermínio Coelho.
O deputado e também presidente da casa de leis, também lembrou que existe um projeto na Ale- RO, apresentado por ele, onde o Comandante Geral será escolhido por votação dos militares, onde os praças são a maioria. “Marionetes, não podem comandar os militares, o comandante tem que ser imparcial na justiça e parcial pelos direitos da categoria, não é o que presenciamos neste comando atual”. Lembrou Hermínio Coelho.
A briga que envolve todo esse clamor, diz respeito à sobra de mais de dois milhões de reais, que resultou da passagem de cerda de 412 militares para o quadro federal. Segundo Jesuino Boabaid, os oficiais querem abocanhar o maior pedaço do bolo e deixar a farofa para os Cabos e Soldados.
“Essa sobra da transposição irá repor perdas salariais para toda a categoria, na verdade é um crescimento, que do ponto de vista da defasagem do salário dos militares, será pequeno, mas necessário, por isso vamos brigar até o fim por esse aumento justo e satisfatório para todos”. Finalizou Boabaid.