acusado de liderar o movimento que, durante mais de dez dias, paralisou toda a Polícia Militar no Estado.
Jesuíno é considerado pelos coronéis da Polícia Militar, principalmente pelo Comando Geral, como um indesejável, pois teria liderança na tropa, principalmente junto aos praças, o que é considerado perigoso pelos oficiais que querem vê-lo longe da corporação.
Para os oficiais da PM, Jesuíno e outros policiais iguais a ele estimulam os praças a refletir sobre as condições de trabalho e os baixos salários dos que possuem baixa patente na PM – o que é um perigo para a manutenção do status dos que comandam a PM graças as indicações políticas.
O ódio a Jesuíno Boabaid se transferiu para sua mulher, Ada Dantas, a quem o Governo não consegue dobrar com ameaças e até promessas de vantagens pessoais. Também não consegue puni-la administratvamente, pois ela não integra os quadros da PM.
Na impossibilidade de cooptar Ada Dantas , o Governo do Estado partiu para um jogo mais pesado, tentando criminalizar a Assfapom e buscando obter na Justiça uma ordem de prisão contra a presidente em exercício da entidade.
“Mostramos a verdadeira face do Governo , e isso foi possível graças a união das associações e das mulheres dos militares em torno de uma causa justa. O Governo usou e está usando setores da imprensa chapa branca para tentar denegrir a imagem das lideranças, ao mesmo tempo em que tenta jogar setores da população menos esclarecidos contra os praças. Isso para não falar nas ameaças e até na prisão de irmãos de fardas, que estão sofrendo na pele o peso da repressão de um Governo que se apresentou como democrático e conseguiu angariar a simpatia da tropa durante o último pleito eleitoral”, desabafou Ada Dantas, que passou esta quarta-feira mantendo contatos com o interior do Estado e lideranças na capital para fazer uma avaliação do movimento.