A Presidente Ada Dantas da Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia (ASSFAPOM), falou sobre a Deliberação do Conselho Deliberativo Estratégico e Gestão da Polícia Militar do Estado de Rondônia (CONDEG), em relação ao Decreto 12.721de 13 de março de 2007, que trata sobre o trabalho de Policiais Militares durante seus dias de folga.
Para Ada Dantas, esta portaria é uma forma de maquiar o baixo efetivo da Segurança Pública existente no Estado. “Após o realinhamento foi retirado o pagamento das horas extras dos Policiais Militares, sendo que estes trabalhadores não possuem alguns direitos que os cidadãos civis possuem, tais como adicional noturno e de periculosidade. O policial Militar vai ser obrigado a trabalhar na sua folga para poder suprir a necessidade que cabe ao Estado, que deveria fazer a contratação dos aprovados” disse a Presidente.
Ada ainda afirmou que era para se ter em Rondônia 8.600 (oito mil e seiscentos) Policiais Militares, mas o número é de apenas 5.217, sendo que muitos destes estão indo para a reserva e outros estão no curso de formação de sargentos. Atualmente existem 828 aprovados aguardando convocação, sendo que destes, 600 já estão inclusos no orçamento para convocação, não sendo explicado pelo Governo o motivo para a não convocação dos futuros policiais.
A ASSFAPOM espera que o efetivo seja suprido com a contratação de novos policiais e não com o aumento de horas trabalhadas por policiais militares sem o devido pagamento pelo serviço. Ada comentou que mesmo o Deputado Jesuíno sendo Presidente da Comissão de Segurança Pública na Assembleia Legislativa, não foi convidado pelo Comando da PMRO para discutir este assunto de grande relevância para a Segurança Pública do Estado.
A Presidente da ASSFAPOM aproveitou ainda para anunciar que irá convocar Assembleia Extraordinária com todos os Policiais Militares de Rondônia no dia 24 de novembro às 14h, na sede da Associação (Rua José Camacho, nº2222, Bairro São João Bosco), para discutir os encaminhamentos a serem tomados diante este decreto do governo.
Ada citou que em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro a população vê Coronéis e Majores trabalhando nas ruas, coisa que não acontece em Rondônia, o que ajudaria a aumentar consideravelmente o efetivo de policiais para servir a população, com exceção de alguns tenentes e Capitães que estão nas ruas trabalhando para ajudar a amenizar o alto índice de criminalidade.
“Peço para que os oficiais pensem na polícia como uma família, como ser humano, e não somente como o Policial Militar “peão”, que apenas tem que ser colocado para trabalhar e pronto. O Policial Militar não pode ser escravizado por conta de um Governo que não quer contratar novos policiais” desabafou Ada.
