O ofício encaminhado no início desta semana pelo Ministério da Educação a todos os secretários estaduais de educação do país informando que o Governo Federal não daria continuidade ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares – PECIM, deixou grande parte da população confusa sobre o futuro das escolas que já atuam nesse sistema dentro do estado de Rondônia.
O PECIM foi criado por decreto em 2019 e previa a transformação escolas públicas para o modelo cívico-militar, onde são administradas por militares e com a gestão pedagógica a cargo de educadores civis. Segundo o MEC, 216 escolas aderiram ao modelo nas cinco regiões do país.
Presidente da associação que representa praças e familiares da polícia e bombeiros militares de Rondônia, e um dos deputados responsáveis pelo avanço desse sistema educacional no Estado, Jesuíno Boabaid, conversou com a reportagem para acalmar os pais e estudantes rondonienses.
De acordo com Boabaid, não existe a menor possibilidade desse ofício colocar em risco o funcionamento das escolas Tiradentes da Polícia Militar espalhadas por todo o Estado.
“As escolas Tiradentes criadas através do empenho da Assembleia Legislativa com o então governo Confúcio Moura (MDB) nada tem a ver com as unidades educacionais cívico-militar dispostas no ofício do Ministério da Educação”, afirmou Jesuíno Boabaid.
O Colégio Tiradentes da Polícia Militar é assegurado na Constituição do Estado de Rondônia através de seu artigo 22 onde estabelece que “Fica criado o Colégio da Polícia Militar, com sede na Capital do Estado”.
Ainda de acordo com Jesuíno, essa medida do Governo Federal apenas mostra o revanchismo contra os militares e coloca novamente milhares de crianças em situação de vulnerabilidade após terem passado por experiências positivas em escolas cívico-militar espalhadas por todo o país.
“Sou um dos pioneiros na luta pela instalação de mais escolas militarizadas em Rondônia, sabemos da problemática da violência que assola os nossos estudantes, isso além da falta de pertencimento ao Estado, que apenas os colégios militares conseguem resgatar”, finalizou Jesuino Boabaid.