O fato é que Jesuino Boabaid, foi procurado por vários Agentes Penitenciários na entidade, antes mesmo que desse início ao movimento, e estes solicitaram o apoio da Assfapom, como havia sido feito no movimento anterior. De pronto, Jesuino se dispôs a apoiá-los como sempre fez. Todavia, neste movimento, certos atos do presidente, Anderson Pereira, vieram a causar estranheza, no que diz respeito às negociações.
Jesuino lamenta profundamente tal comportamento de Anderson Pereira, pois na greve do mês de outubro dois incidentes com a COE, onde o presidente da Assfapom estava presente, intermediando, colocaram em risco até a sua liberdade, ou seja, no momento em que o Sindicato mais precisou de apoio, a Assfapom esteve presente, na pessoa de Jesuino Boabaid.
“Quero reafirmar nosso apoio ao movimento dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia, e não à pessoa do presidente, Anderson Pereira, porém não posso ser utilizado como massa de manobra, ou bode expiatório dos maus feitores, que lutam em causa própria e que não se preocupam com a coletividade. Posso ter sido preso, excluído, mas nunca vão poder dizer que fui corrompido. E digo mais, após a luta da Assfapom, os Policiais e Bombeiros de Rondônia, tiveram grandes avanços é o que nos dá forças para continuar a luta.” Finalizou Jesuino Boabaid- presidente da Assfapom.
VEJA A NOTA DE REPÚDIO DO SINGEPERON:
Nota de Repúdio da Coordenação de Greve do Singeperon
A Coordenação de Greve do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon) vem em público repudiar a interferência do presidente da Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia (Assfapom), Jesuíno Boabaid, durante o movimento paredista do dia 1º de maio.
Na ocasião, o ex-soldado da Polícia Militar foi o responsável direto em incitar os grevistas durante uma manifestação pacífica da categoria na Estrada da Penal em Porto Velho, acarretando em uma breve discussão com policiais da Companhia de Operações Especiais (COE). A postura adotada não obedeceu às instruções da Coordenação de Greve de não se aproximar mais que 30 metros do bloqueio policial instalado na via pública que dá acesso ao Complexo Penal.
Reafirmamos que a greve deflagrada no Sistema Penitenciário e Socioeducativo de Rondônia é pacífica nas suas manifestações e zelamos pela sua legalidade em todos seus atos. Sendo assim, não aceitaremos atos similares como os praticados pelo ex-integrante da corporação militar, da qual foi expulso.
Por conta da situação, o presidente do Singeperon, Anderson Pereira, solicitou ao representante da Assfapom que se retirasse do movimento, já que ele não pertence à categoria e sequer foi convidado pelos dirigentes sindicais.