O Corpo de Bombeiros de Rondônia decidiu afastar de suas respectivas funções, oficiais e praças, após estes começarem apurar denúncias de um suposto esquema de gastos erário, oriundos de lavagem de veículos oficiais, viaturas da corporação.As denúncias apontam que existe uma quantidade de lavagens e valores de cada uma delas, que possivelmente não batem com a contabilidade apontada nos processos.
Trata-se de cinco lavagens por semana ou 160 ao mês de viaturas modelos Unidade de Resgate (URs), com baú, que prestariam socorro em diferentes pontos da cidade. Os veículos eram lavados em serviços classificados como: Simples R$ 127,00, interna do baú R$ 160 e lavagem geral R$ 170,00, totalizando o valor de R$ 24.000,00 mil mensal.
O caso passou a levantar suspeita, pois a quantidade de lavagens diárias somente de URs não bate com o relatório do pregão, pois em Porto Velho o Corpo de Bombeiros possui somente 1 viatura neste modelo e quase o veículo não é utilizado em ocorrências, sendo impossível realizar tantas lavagens.
Outro fato que chamou bastante atenção daqueles que estavam apurando, foi que no processo não existe comprovantes ou controle de lavagens de viaturas, o que existe é um relatório do próprio lava jato informando mensalmente a quantidade de lavagens e este relatório de forma muito suspeita é aprovado pela fiscalização do contrato.
Desde quando foi levantada a suspeita no contrato e iniciado o processo de apuração do mesmo, houve uma considerada redução no valor total das lavagens e na sua quantidade, sendo o valor caindo de R$ 24 mil para R$ 17 mil.
Os trabalhos de apuração devem ficar a cargo do Ministério Público também, onde serão intensificados para que se for confirmada a fraude, os respectivos autores venham sofrer as devidas punições penais e administrativas.
Vale lembrar que o processo de uma das maiores operações da Polícia Federal que esvaziou os cofres da Petrobras, tem como nome “Lava Jato” e como em Rondônia teve inicio em um posto de lavagens de veículos.