Comandante-Geral da PM de Rondônia vira alvo de criticas dos deputados após denúncias

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O cenário político e de segurança pública de Rondônia foi abalado por graves denúncias que vieram à tona na Assembleia Legislativa (Alero), culminando em um pedido formal de exoneração do Comandante-Geral da Polícia Militar (PMRO), Coronel Regis Braguin. As acusações, que circulavam nos bastidores, foram formalizadas em plenário e envolvem a prática de violência doméstica e a infração à Lei Seca com o uso de um veículo oficial do Estado.

A crise se instalou durante a sessão extraordinária desta segunda-feira (29), onde o deputado Ismael Crispin e outros parlamentares trouxeram à luz os fatos que, segundo eles, tornam a permanência do Coronel Braguin no comando da corporação insustentável.

As Duas Faces do Escândalo

As denúncias contra o Comandante-Geral são duplamente graves, atingindo a conduta ética e o uso de recursos públicos.

  1. Violência Doméstica e Lei Maria da Penha

A acusação de violência doméstica foi inicialmente levantada por um vereador de Porto Velho, que é sargento da PM. O vereador apresentou um Boletim de Ocorrência (BO) que comprovaria a agressão cometida pelo Coronel Braguin contra uma mulher, que seria sua esposa, uma delegada de polícia.

A deputada estadual Claudia de Jesus não hesitou em classificar a situação como “vergonhosa”, destacando que um oficial que deveria zelar pela segurança pública não pode permanecer no cargo com esse tipo de acusação. Já o deputado Ismael Crispin questionou: “O que as mulheres do nosso Estado de Rondônia estão pensando agora, porque quem tem a obrigação de proteger tem em seu comando alguém com registro de tal natureza”.

  1. Lei Seca com Carro Cautelado

A segunda denúncia envolve o uso indevido de patrimônio público. O Coronel Braguin é acusado de ter sido flagrado em uma blitz da Lei Seca, dirigindo um carro cautelado (veículo oficial) e utilizando combustível pago pelo contribuinte. O deputado Ismael Crispin citou o Auto de Infração nº 251040001 e informou ter solicitado formalmente a apuração dos fatos junto à Corregedoria da Polícia Militar.

Pressão Legislativa por Exoneração Imediata

Diante da gravidade das acusações, a reação dos deputados foi unânime no pedido de afastamento do Comandante-Geral. A deputada Claudia de Jesus sugeriu um requerimento coletivo para a exoneração imediata, recebendo o apoio da deputada Ieda Chaves, que considerou a permanência do oficial incoerente com a função.

A discussão, no entanto, foi marcada por um momento de grande controvérsia. O deputado Eyder Brasil tentou defender o Coronel Braguin, minimizando a agressão à esposa ao sugerir que o ato teria ocorrido no “calor da emoção”, além do fato ter ocorrido em 2013 e já ter sido arquivado. A declaração gerou imediato repúdio das parlamentares, que criticaram a tentativa de relativizar um caso de violência doméstica.

A decisão final sobre a permanência do Coronel Regis Braguin está agora nas mãos do governador Coronel Marcos Rocha, que se encontra sob intensa pressão política para demonstrar sensatez e rigor diante das denúncias que comprometem a imagem e a credibilidade do comando da Polícia Militar de Rondônia.

O caso se soma a um momento de turbulência política no Estado, onde o governador recentemente exonerou comissionados ligados ao vice-governador.

Fonte: Ariquemes News

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