Durante entrevista concedida em um Podcast, o presidente da Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia (Assfapom), Jesuino Boabaid, anunciou a realização de um protesto simbólico por parte dos militares estaduais no próximo dia 18 de julho, uma sexta-feira, em frente ao Centro Político e Administrativo (CPA), sede do Governo do Estado.
A mobilização contará com a presença de policiais militares, bombeiros militares e servidores da própria Assfapom, e terá como principal ato o posicionamento de quatro caixões diante do prédio do governo. De acordo com Boabaid, cada caixão representará simbolicamente a “morte da palavra” de uma das principais autoridades do Executivo estadual:
- Governador Marcos Rocha;
- Coronel BM Vital, secretário de Segurança;
- Coronel PM Braguin, comandante-geral da Polícia Militar;
- Coronel Nivaldo, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
Segundo Jesuíno Boabaid, o protesto é uma resposta direta ao descumprimento dos compromissos firmados pelo governo em dezembro de 2023, quando, em evento no Ginásio Cláudio Coutinho, foram apresentadas propostas salariais aos militares e às entidades representativas. À época, a promessa era de valorização para todas as patentes da corporação.
Contudo, conforme o presidente da Assfapom, os reajustes beneficiaram de forma desproporcional apenas os oficiais superiores, como coronéis, que passarão a receber cerca de R$ 39 mil em 2026, enquanto tenentes-coronéis devem atingir R$ 31 mil. Já os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, segundo a entidade, receberam aumentos “ínfimos”, o que gerou profunda insatisfação na base das corporações.
“Lá estará, em um ato simbólico, onde nós iremos enterrar a palavra do governador, a palavra do Vital, a palavra do Braguin e do Nivaldo. Vai ser um velório, com a imagem dos quatro“, declarou Boabaid, destacando o caráter de repúdio da manifestação.
A Assfapom reforça que o movimento será pacífico, mas alerta que a categoria está indignada com a quebra de compromisso e cobra isonomia e respeito com os militares que atuam na linha de frente da segurança pública.