Há cerca de seis meses os bombeiros militares que trabalham no Aeroporto de Porto Velho, vêm sofrendo com escalas arrochadas em 24/48 e 24/72, para suprir a falta de efetivo no Estado de Rondônia. O comando do corpo de bombeiros, representado pelo Coronel Rodrigues, havia feito à previsão do final do mês de setembro, do ano corrente, para o fim dessas escalas, porém não vem cumprindo.
A Assfapom (Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiro Militar de Rondônia), por sua presidente, Ada Dantas, já havia feito contato com o Comando do Bombeiro para questionar os motivos de que os servidores do aeroporto continuam nesse regime de escala. Porém, os argumentos são os mesmos, falta de efetivo.
Algumas esposas de bombeiros, que não querem se identificar, lamentaram o fato de somente aqueles que trabalham no aeroporto serem penalizados pela falta de efetivo em todo o Estado.
“Mais uma vez usaram a mesma desculpa para a redução da escala de serviço, vale salientar que a primeira desculpa foi porque estava havendo muitos focos de incêndio por isso houve a redução, o mais engraçado disso tudo é que as ocorrências de incêndios diminuíram, as escalas voltaram ao normal em algumas guarnições, mas somente a guarnição da Infraero ainda continua com a mesma escala apertada, agora a mais recente desculpa para o não retorno normal das horas de folga é falta de efetivo? Porque o comando não traz de volta os bombeiros que estão à disposição com CDS em secretarias no Governo? Pois não é justo só alguns pagarem o pato! Só para lembrar… Esses mesmos bombeiros são os que estiveram na época da cheia histórica do rio madeira socorrendo vítimas, cavando asfalto para a ficção de barracas para os desabrigados, trabalhavam praticamente todos os dias colocando sua própria vida em risco para salvar a do próximo, e agora a homenagem que ganham é uma escala desumana e a fama de que bombeiros que trabalham na Infraero não faz nada! Parem para pensar senhores nenhum dos bombeiros pediram para ser escalados nesse serviço, quem tem o contrato com a Infraero não são os combatentes, eles não ganham nenhum benefício para estarem a serviço no AEROPORTO, se os senhores comandantes acham que as guarnições da Infraero não têm muito serviço encerrem então o contrato e coloquem esses militares em outros postos como: ambulâncias e no caminhão, afinal a sociedade é quem paga o salário deles e não a Infraero que é um órgão privado. Sendo assim estamos solicitando direitos iguais para todos retornando à escala de serviço 24/72, não aceitamos retrocessos, depois de muito lutar por uma escala mais humana vêm os senhores comandantes e arrancam esse direito que foi conquistado com muitas lutas!” Desabafou.
De acordo com a presidente da associação, a escala pode estar sendo utilizada como forma de penalização. “A associação espera que essa problemática seja resolvida pelo comando, e que os bombeiros do aeroporto possam ser tratados de forma isonômica aos demais da capital. Tendo em vista que segundo as denúncias, os bombeiros do aeroporto podem estar sofrendo algum tipo de perseguição, pois somente essa escala do aeroporto é diferenciada das demais escalas da capital, o que pode estar presumindo-se uma forma de penalização”. Finalizou Ada Dantas.