Recentemente, ao se posicionar a favor da cobrança feita ao presidente Lula pela anistia dos acusados pelos atos de 8 de janeiro, o governador Marcos Rocha (UNIÃO) passou a enfrentar situação semelhante. Aproximadamente 300 policiais militares rondonienses buscam o fim de processos movidos contra eles pelo Estado por supostamente terem expressado opiniões sobre política ou questões ligadas às condições de trabalho.
Para se ter uma ideia, grande parte desses processos foi instaurada por publicações em redes sociais — ou até mesmo por uma simples curtida em postagens contrárias ao governo no Instagram ou no Facebook.
Um dos casos mais emblemáticos foi o do ex-deputado Jesuíno Boabaid, que pediu baixa da PM/RO após ser alvo de diversos inquéritos abertos por manifestações e cobranças públicas por melhorias para a tropa.
Atualmente, os processos seguem em ritmo acelerado e mudaram a forma como os PMs interagem nas redes sociais. De acordo com fontes ligadas ao JH Notícias e que atuam dentro dos batalhões, o clima é de medo e o sentimento é de mordaça dentro dos quartéis — diferente de outros tempos, quando era comum ver policiais se manifestando livremente na internet.
A concessão de anistia aos policiais militares rondonienses seria vista como uma demonstração de boa-fé por parte do Governo de Rondônia para com a tropa, sobretudo porque o próprio governador é policial militar.